terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Fotografias: a arte da lembrança.

Eu como curiosa que sou de conhecer outras épocas e costumes, como trajes, paisagens, arquiteturas e tudo o mais, vivo procurando oportunidades que me permitam essa nostalgia prazeirosa e que me acrescenta conhecimento. É como se a gente estivesse num túnel do tempo e pudesse visitar uma época em que não vivemos. E observando os detalhes nos é possível descobrir, encontrar e discernir sobre as mudanças que acompanham as épocas. Pra mim isso é muito interessante. Então eu trouxe aqui uma informação sobre a exposição de fotografias que está sendo realizada até 08 de março de 2.015, na Avenida Paulista, 149, Bela Vista,em São Paulo, de terça à sexta-feira, das 09 às 20 horas e domingos e feriados, das 11 às 20 horas: A Arte da Lembrança - A Saudade na Fotografia Brasileira.
O título fala de saudade, mas a seleção de 110 fotografias expostas em dois andares do Itaú Cultural está longe de associar o termo à tristeza. A beleza e a delicadeza das imagens escolhidas, que permeiam 84 anos de história do Brasil, conduzem a uma nostalgia desses corpos, roupas e expressões que não circulam mais pelas mesmas ruas e paisagens. A maioria dos trabalhos, cerca de 60% deles, é inédita, fruto de um ano de pesquisa do curador Diógenes Moura, que viajou para cidades como Salvador, Recife, Belém e Rio de Janeiro em busca de artistas esquecidos e negativos perdidos. “Encontrei acervos de fotógrafos importantes em armários e quartos de casas de familiares, em risco de ser danificados”, conta Moura. As obras foram reunidas em composições por afinidade estética, portanto autores e datas se misturam em núcleos que apresentam retratos de noivas, cliques modernistas de Julio Agostinelli e do austríaco Kurt Klagsbrunn e registros de velórios. Outros nomes do calibre de Gilvan Barreto, Luiz Braga e Luiz Carlos Barreto também estão presentes na seleção. No subsolo da instituição fica o recorte mais pesado: nele, o visitante pode ver uma série de tatuagens de jovens assassinados na periferia de Belém, acompanhada de uma instalação sonora que descreve a situação. O conjunto de Wagner Almeida é tocante e deve despertar emoção no público. Até 8/3/2015.







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