segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Escrever: remédio eficaz e sem contra-indicações




Ansiedade. Ira.Depressão. Tristeza.Preocupação. Angústia. Quem nunca experimentou esse estado da alma, da mente e do coração?
Pois é. Em muitos momentos da minha vida eu experimentei. Como é difícil superar! Terapia, remédio, hobby, entre outras soluções são indicados, lógico. Mas existe algo que eu apredi por experiência própria: escrever.
Nunca fui uma pessoa de me abrir muito com as outras. Isso é da minha própria natureza e pessoas assim, sofrem o dôbro quando atormentadas por esse estado sombrio que todos experimentamos em alguns momentos da vida.
Desde a infância eu tinha o hábito de escrever à toa, sem motivo, coisas que eu sentia, pensava e imaginava e na inocência natural da idade, eu não lia novamente mas amassava e jogava fora.
Mas a partir dos meus 14 anos de idade, eu ganhei um diário. E então, passei a escrever nele tudo o que me vinha à mente, tudo o que eu sentia acerca de fatos que haviam acontecido e coisas que eu imaginava que ia acontecer.  Com o decorrer do tempo, passou a ser um hábito e na medida em que eu alcançava mais maturidade, passei a observar os efeitos que o simples fato de compartilhar no diário tudo aquilo que acontecia dentro de mim, exerciam sobre mim mesma.
Comecei a re-ler as páginas anteriores das que eu escrevia e conforme fazia isso, percebia que muitas das situações que eu experimentava não eram tão tenebrosas quanto eu sen tia que fossem, que certas preocupações na verdade haviam sido inúteis, que o que me causou tanta ansiedade, o próprio tempo resoveu, ou seja, fui percebendo numa involuntária auto-análise, que todo esse processo, era perfeitamente controlável por mim mesma e quando fora do meu controle havia quem o resolvesse por mim: o tempo.
Sabe, ter um diário, escrever nos ajuda muito. Nos torna possível nos conhecermos melhor através dos sentimentos manifestados com sinceridade e sem timidez, nos torna possível comparar situações de nossa vida e constatarmos que situações parecidas ou piores, foram superadas por nós e especialmente constatar onde foi que erramos, por que erramos da mesma forma, onde foi que acertamos e por que acertamos.
O hábito de escrever não só funciona como uma terapia mas também como um orientador para nós mesmos.
Você já percebeu que muitas vezes a gente fica magoado com alguém por uma ação ou omissão dessa pessoa e reagimos com palavras ou atitudes que mais tarde nos causam arrependimentos? Pois é, isso acontecia muito comigo. Mas depois que eu observei que tinha um conselheiro silencioso que muito me ouvia e com sabedoria me orientava acerca de meus próprios sentimentos, fui mudando em mim muita coisa, especialmente a impulsividade e a precipitação.
No próximo artigo contarei para vocês as práticas terapêuticas que aprendi com a escrita e que muito têm me ajudado na trajetória da vida, além dos horizontes e oportunidades que pode oferecer a quem aprende a usa-la de modo saudável.

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